Excavating The Exorcist:
Aproveitando a chegada do outono, e o aniversário de 50 anos que O Exorcista está fazendo em 2023, para finalmente postar uma arte na qual eu me dediquei nesses últimos meses. Clássico absoluto do Cinema dirigido por William Friedkin, escrito por William Peter Blatty, e lançado em 1973, este se trata de um dos meus filmes prediletos de todos os tempos, uma obra que com toda a certeza influenciou e impulsionou o meu lado cinéfilo. Esta produção controversa, polêmica e sombria dispensa maiores apresentações, sendo considerado por muitos um dos filmes mais assustadores e impactantes de todos os tempos.
Ao invés de focar em imagens clássicas e de certa forma manjadas, como a chegada nebulosa do Padre Merrin na casa de Regan, ou a garota possuída descendo as escadas igual uma aranha, ou até mesmo a cena da levitação, tentei me concentrar mais em aspectos não muito comuns em outras Fanarts. Para começar, me inspirei em trazer à tona o lado mitológico e religioso contido na narrativa, dando destaque à marcante imagem da medalha de São José (que no filme representa a fé católica dos padres Merrin e Karras), e a estatueta de Pazuzu (demônio assirio dos ventos, rei dos espíritos maus do ar, reverenciado e temido na antiga Mesopotâmia, há 2.000 a.C). Também foi explorada a silhueta das antigas ruínas de Nínive, localizada nos arredores de Mossul, no Iraque, e também o gigantesco sol nascente no horizonte (imagem que abre O Exorcista, em sua primeira cena).
Outro aspecto que sempre me fascinou bastante, e que eu também quis explorar nesta arte, é a gradual transformação da bela garotinha Regan (Linda Blair), no feroz demônio que vemos no fim. A possessão vai ocorrendo aos poucos, sem nenhuma pressa (ao contrário das bombas sobre Exorcismo lançadas hoje em dia), e toda a deformação da garota é mostrada como fruto de algo natural (hematomas, machucados e cortes) e não deformidades exageradas e monstruosas como vemos em muitos filmes ruins de possessão por aí. A mudança nos cabelos de Regan, durante o filme, também sempre me chamou a atenção, começando loirinha e com o cabelo mais liso no início, e ficando com os fios marrons, escuros e emaranhados na medida em que a menina vai definhando. Aqui o mérito vai total para Dick Smith, responsável pela maquiagem que ficou eternizada na história do horror.
Espero que apreciem a ilustração!
